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Curso de Língua Portuguesa
Módulo 3
Aula 28 - Redação Oficial

Redação Oficial

Olá cursistas! 

A aula de hoje será bem especial, pois trataremos de um assunto de grande relevância: a Redação Oficial.

Ancora 1
Conteúdo da Aula

                                              REDAÇÃO OFICIAL

Olá cursistas!

A aula de hoje será bem especial, pois trataremos de um assunto de grande relevância: a Redação Oficial, ou seja, a forma oficial de se redigir um documento em órgãos públicos.

 

 

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. PRONOMES DE TRATAMENTO

2. FECHOS PARA COMUNICAÇÕES

3. IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO

TIPOS DE TEXTOS OFICIAIS

PADRÃO OFÍCIO

RESUMO

QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÕES PROPOSTAS

Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.

                                                                                                        Friedrich Nietzsche

 

 

 

                              AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

                                                            INTRODUÇÃO

A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos da impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal. Os textos oficiais devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Devem ser necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) ou o conjunto de cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).

Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente que serão tratadas detalhadamente nesta aula. Antes de analisarmos cada tipo específico, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário.

(FINEP/2011/Técnico/CESGRANRIO)

Uma das características de um documento oficial bem redigido é o(a)

a) discurso acadêmico

b) jargão burocrático

c) padrão culto da língua

d) linguagem figurada

e) linguagem rebuscada

Comentário: a linguagem deve ser direta, simples, denotativa (não figurada), de fácil compreensão por todos, mas inteiramente dentro do padrão culto da língua, deve seguir as normas gramaticais que padronizam o uso da linguagem.

GABARITO: C

                                    1. PRONOMES DE TRATAMENTO

1.1. Concordância com os Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”

Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”).

Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.

1.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento

Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a uma secular tradição, são de uso consagrado.

Vossa Excelência é usado para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo

Presidente da República;

Vice-presidente da República;

Ministros de Estado;

Governadores e Vice-governadores de Estado e do Distrito Federal;

Oficiais-generais das Forças Armadas;

Embaixadores;

Secretários-executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

Secretários de Estado dos governos estaduais;

Prefeitos municipais.

b) do Poder Legislativo

Deputados Federais e Senadores;

Ministros do Tribunal de Contas da União;

Deputados Estaduais e Distritais;

Conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais;

Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judiciário

Ministros dos Tribunais Superiores;

Membros de Tribunais;

Juízes;

Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

ATENÇÃO!! As autoridades acima são as únicas para as quais o vocativo usado é Excelentíssimo(a) Senhor(a).

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Senhor Senador,

Senhor Juiz,

Senhor Ministro,

Senhor Governador.

 

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte forma:

A Sua Excelência o Senhor

Fulano de Tal

Ministro de Estado da Justiça

70064-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor

Senador Fulano de Tal

Senado Federal

70165-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor

Fulano de Tal

Juiz de Direito da 10ª Vara Cível

Rua ABC, n° 123

01010-000 – São Paulo. SP

 

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:

Senhor Fulano de Tal,

(...)

No envelope, deve constar do endereçamento:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Rua ABC, nº 123

12345-000 – Curitiba. PR

 

Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.

É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada, por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor,

(...)

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:

Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é:

Santíssimo Padre,

(...)

Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou

Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,

(...)

Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

                            2. FECHOS PARA COMUNICAÇÕES

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria n° 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

 

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente,

 

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.

                             3. IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

                                              (espaço para assinatura)

                                                          NOME

                  Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

                                               (espaço para assinatura)

                                                           NOME

                                           Ministro de Estado da Justiça

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

 

BB/2010/Escriturário

Em redações oficiais, é certo

a) identificar o autor da correspondência com seu nome e cargo abaixo da assinatura.

b) escolher a forma de tratamento “Vossa Senhoria”, se o destinatário for mulher.

c) fechar o texto com “respeitosamente”, para pessoas do mesmo nível hierárquico.

d) usar a expressão “Digníssimo Senhor” para o destinatário em posição hierárquica superior.

e) usar o pronome “vosso”, no caso de ter sido escolhida a forma de tratamento “Vossa Excelência”.

Comentário:

b) escolher a forma de tratamento “Vossa Senhoria”, se o destinatário for mulher.

ERRADO. Vossa Senhoria é uma forma de tratamento usada tanto para homens quanto para mulheres.

c) fechar o texto com “respeitosamente”, para pessoas do mesmo nível hierárquico.

ERRADO. Para o mesmo nível hierárquico, usa-se “atenciosamente”, para de nível hierárquico superior, usa-se “respeitosamente”.

d) usar a expressão “Digníssimo Senhor” para o destinatário em posição hierárquica superior.

ERRADO. A forma “digníssimo” foi extinta das redações oficiais.

e) usar o pronome “vosso”, no caso de ter sido escolhida a forma de tratamento “Vossa Excelência”.

ERRADO. O pronome “vosso” é de segunda pessoa, “os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa”.

GABARITO: A

                                     

                                     TIPOS DE TEXTOS OFICIAIS

                                       O que é Redação Administrativa?

A redação formal ou administrativa é aquela empregada nos documentos, nas notas de diversas índoles, currículos e outros textos de uso frequente nos lugares de trabalho, público ou não, e em outros âmbitos similares. As redações desse tipo costumam ter um formato determinado devido ao seu caráter formal. Nestes casos, o redator não pode se expressar com uma linguagem pessoal (é preciso manter a impessoalidade).

Outro aspecto importante é a estrutura. Se desejamos redigir, por exemplo, um memorando, é importante conhecer a forma e a localização correta dos dados do destinatário, a maneira correta de apresentá-lo, a linguagem do documento, o tema abordado etc. Exemplos de redações formais ou administrativas são: memorandos, circulares, notas de agradecimentos, notas de renúncia, convites.

                                             

                                                O PADRÃO OFÍCIO

Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá- los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante (foco em ofício e memorando); por ora busquemos as suas semelhanças.

Partes do documento no Padrão Ofício

O OFÍCIO e o MEMORANDO devem conter as seguintes partes:

1. tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:

Exemplos:

Mem. 123/2002-MF                  Aviso 123/2002-SG               Of. 123/2002-MME

2. local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:

Exemplo:

                                                                             Brasília, 15 de março de 1991.

3. assunto: resumo do teor do documento

Exemplos:

Assunto: Produtividade do órgão em 2002.

Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

4. destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluído também o endereço.

 

 

5. texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:

– introdução, se confunde com o parágrafo de abertura - é apresentado o assunto que motiva a comunicação. As seguintes formas são evitadas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta;

– desenvolvimento – parte em que o assunto é detalhado. Se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição;

– conclusão – parte em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos, a estrutura é a seguinte:

– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, a introdução deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando, em sequência, os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, assunto de que trata) e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:

“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1° de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”

ou

“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama n°12, de 1° de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”

– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.

6. fecho. (v. 2. Fechos para Comunicações);

7. assinatura do autor da comunicação e

8. identificação do signatário (v. 3. Identificação do Signatário).

OFÍCIO e AVISO

São modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre elas é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambas têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.

Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula.

Exemplos:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República

Senhora Ministra

Senhor Chefe de Gabinete

 

Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:

– nome do órgão ou setor;

– endereço postal;

– telefone e endereço de correio eletrônico.

MEMORANDO

O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.

Pode ter caráter meramente administrativo ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

 

Exemplos:

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

 

 

CARTA COMERCIAL

 

Também chamada de carta empresarial, é utilizada pelas empresas em geral, sejam estas atuantes no comércio, setor bancário, na indústria, setor de serviços, entre outros segmentos. Com relação ao conteúdo, tal modalidade pode ser definida por distintas intenções, tais como o agradecimento por um serviço prestado, solicitação de um determinado orçamento, cobrança na melhoria dos serviços prestados, cobrança financeira, entre outras.

 

Partes que compõem uma carta comercial:

1. Timbre ou cabeçalho;

2. Local e data;

3. Índice e número (sendo esta parte opcional);

4. Identificação do destinatário;

5. Epígrafe ou ementa, também se consolidando como parte opcional;

6. Vocativo;

7. Texto;

8. Despedida;

9. Assinatura.

CISAMAPI/2011

No exercício de sua função, o Auxiliar de Administração precisa dominar técnicas de redação administrativa. Para encerrar uma carta comercial, por exemplo, deve-se usar, após o nome de quem assina a correspondência, a função ou cargo que a pessoa exerce. Gramaticalmente, essa qualificação recebe o nome de

a) fecho.

b) referência.

c) assinatura.

d) aposto.

e) vocativo.

Comentário: trata-se da identificação do signatário, ou seja, de quem escreve/remete o texto. O modelo é:   

                                               (espaço para assinatura)

                                                            NOME    

 

                  Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

A função ou o cargo da pessoa é uma informação sobre ela, ou seja, um aposto.

- Fecho: O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. 

   

- Assinatura: refere-se ao nome do signatário da correspondência.  

- Vocativo: referência ao receptor da comunicação. Segue regras específicas de uso segundo a polidez e o respeito. Vem antes do texto.

- Referência: seria o vocativo.

GABARITO: D

 

TELEGRAMA

Com a intenção de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex etc.

Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, o uso do telegrama deve restringir-se apenas àquelas situações em que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e em que a urgência justifique sua utilização. Também em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão.

Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.

CORREIO ELETRÔNICO

O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos.

Um dos atrativos da comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura.  Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial, o texto ainda deve ser claro, conciso e imparcial.

O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, um pedido de confirmação de recebimento deve constar da mensagem.

Valor documental

Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente na forma estabelecida em lei.

Obs.: O correio eletrônico não segue uma forma fixa para composição.

CIRCULAR

Comunicação expedida para diversas unidades administrativas ou funcionários ao mesmo tempo.

Partes que compõem uma circular:

1. Título e data.

2. Ementa - texto curto e resumido que contém o essencial (facultativa).

3. Vocativo.

4. Texto.

5. Fecho.

6. Assinatura.

HOB/2015/Agente de Administração/adaptada

Para que o órgão responsável pela gestão administrativa transmita instruções sobre novos procedimentos para as movimentações de pessoal (carreira) a todos os órgãos da mesma instituição, deverá utilizar para correspondência uma circular.

Comentário: a circular é uma comunicação expedida para diversas unidades administrativas ou funcionários ao mesmo tempo, se o órgão responsável quer transmitir instruções para todos ao mesmo tempo, o ideal é usar esse tipo de correspondência.

GABARITO: CERTO

REQUERIMENTO

Documento pelo qual o interessado solicita ao Poder Público algo a que se julga com direito, ou para se defender de ato que o prejudique.

Partes que compõem um requerimento:

 

1. Vocativo: forma de tratamento, cargo e órgão a que se dirige. Não se pode usar o nome da pessoa ou alguma outra forma de saudação. É comum deixar entre o vocativo e o texto de 7 a 10 espaços.

2. Texto com a identificação do requerente (nome, filiação, naturalidade, estado civil, profissão, residente – se funcionário do próprio órgão, apresentar apenas os dados de identificação interna).  Após a identificação, faz-se o pedido, de forma clara e objetiva, citando o fundamento legal que permite a solicitação.

3. Fecho (pode empregar “Nesses termos, pede deferimento”, “Nesses termos, espera deferimento”, “Pede deferimento” ou semelhantes, sem exageros).

4. Local e data.

5. Assinatura.

Vimos na aula de hoje as características que uma correspondência oficial deve ter, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.

É muito importante lembrar que os expedientes oficiais precisam ser SEMPRE uniformes, seguindo os preceitos da impessoalidade, clareza, concisão e uso de linguagem formal.

Como futuros funcionários públicos, é importante sabermos que o aviso, o memorando e o ofício, embora possuam usos diferentes, têm a mesma diagramação: o padrão ofício. Tais gêneros não são os únicos oficiais, mas os únicos que são uniformizados pelo padrão. Uma simples carta comercial precisa seguir os princípios gerais da Redação Oficial.

Sobre pronomes de tratamento e vocativos:

 

Para fechar os expedientes oficiais, temos:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

           Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

           Atenciosamente,

                                             Questões comentadas

01. (TRT/10 – 2013 – Assistente Judiciário – CESPE) Com relação a aspectos gerais das correspondências oficiais, julgue o item a seguir segundo o Manual de Redação da Presidência da República.

O emprego de linguagem simples e vocabulário acessível denota coloquialidade, razão por que deve ser evitado em correspondências oficiais.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: o erro da questão está em afirmar que o emprego de linguagem simples e vocabulário acessível denota coloquialidade, isso é um erro! Não necessariamente linguagem simples é sinônimo de coloquialidade. O próprio Manual de Redação da Presidência da República comprova isso no item 1.2: “Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão”. O texto oficial deve ser compreendido por todos. Desde que a mensagem não perca o seu conteúdo, é recomendado sim o uso de linguagem simples, acessível e não rebuscada.

GABARITO: ERRADO

02. (TRT/10 – 2013 – Assistente Judiciário – CESPE) Com relação a aspectos gerais das correspondências oficiais, julgue o item a seguir segundo o Manual de Redação da Presidência da República.

Recomenda-se que o registro de impressões pessoais seja evitado na redação de correspondências oficiais, mas a decisão sobre seguir ou não essa recomendação cabe a quem expede o documento.

( ) Certo

( ) Errado

 

Comentário: não cabe a quem expede um documento oficial decidir fazer ou não registro de impressões pessoais. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, todo e qualquer documento oficial deve primar pela impessoalidade.

GABARITO: ERRADO

03. (MPU – 2013 - Analista do Ministério Público da União - CESPE) Acerca das características gerais dos diversos tipos de comunicação oficial, julgue o item a seguir.

Os expedientes oficiais devem caracterizar-se pela impessoalidade, por constituírem modalidade de comunicação empregada exclusivamente entre órgãos do serviço público.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: dentre outros aspectos, realmente, os expedientes oficiais devem caracterizar-se pela impessoalidade. O erro da questão está em dizer “por constituírem modalidade de comunicação empregada exclusivamente entre órgãos do serviço público”. O uso da impessoalidade não decorre do fato da comunicação ser entre órgãos públicos, mas sim de ser o Estado impessoal (focado no interesse público), devendo proceder dessa forma quando se comunica. Além disso, os expedientes oficiais não são comunicação exclusiva entre órgãos do serviço público.

GABARITO: ERRADO

04. (PC/BA – 2013 - Delegado de Polícia – CESPE) Com base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

O caráter impessoal das comunicações oficiais decorre da ausência de impressões individuais de quem comunica, da impessoalidade conferida ao destinatário da comunicação e do tratamento impessoal a ser dado aos assuntos tratados nas comunicações.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: essa questão resume exatamente o que afirma o Manual de Redação da Presidência da república:

“1.1. A impessoalidade:

(...)

Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:

a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: (...)

b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: (...)

c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: (...)”

GABARITO: CERTO

05. (PC/BA – 2013 - Investigador – CESPE) Julgue o item subsequente, com base no que estabelece o Manual de Redação da Presidência da República.

Embora as redações oficiais devam ser redigidas, em regra, de forma clara e objetiva, há situações em que se recomenda a prolixidade, como nas exposições de motivos, nas quais a redundância é necessária.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: um texto prolixo é um texto demasiadamente longo. Tal característica deve ser evitada por ser o oposto da concisão e da clareza.

Lembre-se de que toda e qualquer comunicação oficial deve ser redigida de forma clara e objetiva, não há exceção.

GABARITO: ERRADO

06. (PF – 2013 - Escrivão de Polícia Federal – CESPE) O emprego do padrão culto da língua em expedientes oficiais é justificado pelo alto nível de escolaridade daqueles que os redigem e daqueles a quem se destinam.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: o emprego do padrão culto nada tem a ver com o grau de escolaridade de quem emite ou de quem recebe uma correspondência oficial. O padrão culto é usado para garantir a clareza e a formalidade da comunicação, a fim de que ela seja compreendida pelo maior número de pessoas possível.

GABARITO: ERRADO

Xxx. 1032/SeTec

                                                                        Goiânia, 15 de janeiro de 2015.

Ao Senhor Chefe do Setor de Documentação

Assunto: Oficinas de apresentação do novo sistema operacional

1. Como é sabido, recentemente adquirimos um novo sistema operacional. Como se trata de um sistema muito diferente do anterior, informo a Vossa Senhoria que o Setor de Tecnologia (SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 de janeiro deste ano, uma série de oficinas práticas para apresentação desse novo sistema aos funcionários.

 

2. Por essa razão, solicito que, no período acima indicado, Vossa Senhoria libere todos os funcionários do seu setor duas horas antes do fim do expediente para que eles possam frequentar as oficinas.

3. Devo mencionar, por fim, que a participação dos funcionários nas oficinas é obrigatória, pois o novo sistema já entrará em funcionamento no dia 20 de julho do corrente ano. Nessa data, todos já deverão conhecê-lo e saber como operá- lo.

                                                       Atenciosamente,

                                                 (espaço para assinatura)

                                                    [nome do signatário]

                                             Chefe do Setor de Tecnologia

07. (TRE/GO – 2015 - Analista Judiciário – CESPE) Com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da correspondência oficial hipotética Xxx. 1032/SeTec, anteriormente apresentada, na qual o remetente e o destinatário são funcionários de igual nível hierárquico de um mesmo órgão da administração pública.

O segundo período do primeiro parágrafo do texto poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Como esse sistema difere muito do anterior, informo Vossa Senhoria de que o Setor de Tecnologia (SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 de janeiro deste ano, uma série de oficinas práticas para apresentação desse novo sistema aos funcionários.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: a questão propõe a reescrita correta do trecho original:

“Como se trata de um sistema muito diferente do anterior, informo a Vossa Senhoria que o Setor de Tecnologia (SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 de janeiro deste ano, uma série de oficinas práticas para apresentação desse novo sistema aos funcionários”.

Para:

“Como esse sistema difere muito do anterior, informo Vossa Senhoria de que o Setor de Tecnologia (SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 de janeiro deste ano, uma série de oficinas práticas para apresentação desse novo sistema aos funcionários”.

O verbo informar é bitransitivo, portanto, tem como complementos um objeto direto e um indireto e pode se comportar de duas maneiras diferentes. no trecho original, temos: “a Vossa Senhoria” como objeto indireto e a oração “que o Setor de Tecnologia (SeTec)” como objeto direto (informar a alguém alguma coisa); já no trecho reescrito, os complementos do verbo estão empregados de maneira diferente, pois “Vossa Excelência” é o objeto direto e a oração “de que o Setor de Tecnologia (SeTec)” como objeto indireto (informar alguém de alguma coisa).

GABARITO: CERTO

08. (TRE/GO – 2015 - Analista Judiciário – CESPE) Com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da correspondência oficial hipotética Xxx. 1032/SeTec, anteriormente apresentada, na qual o remetente e o destinatário são funcionários de igual nível hierárquico de um mesmo órgão da administração pública.

Dada a presença, no texto, do pronome de tratamento “Vossa Senhoria”, estaria adequada a substituição, no segundo parágrafo da correspondência em apreço, da forma verbal “libere” por libereis e do trecho “todos os funcionários do seu setor” por todos os funcionários do vosso setor.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: as duas substituições propostas pela questão são inviáveis. Isso porque os pronomes de tratamento fazem concordância sempre em terceira pessoa, sendo assim, o verbo “libereis”, conjugado em 2ª pessoa, e o pronome “vossa”, de segunda pessoa, são inadequados para substituição no trecho que usa o pronome de tratamento “Vossa Senhoria”.

GABARITO: ERRADO

09. (TRE/GO – 2015 - Analista Judiciário – CESPE) Com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da correspondência oficial hipotética Xxx. 1032/SeTec, anteriormente apresentada, na qual o remetente e o destinatário são funcionários de igual nível hierárquico de um mesmo órgão da administração pública.

De acordo com as informações apresentadas, é correto afirmar que essa comunicação é um memorando. Por esse motivo, em lugar de “Xxx.”, no início do expediente, deveria constar a abreviação Mem.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: confirmamos que a comunicação em análise é um memorando por alguns motivos: o destinatário é denominado pelo cargo que ocupa (Ao Senhor Chefe do Setor de Documentação), os parágrafos são numerados, está no formato do Padrão Ofício e denota agilidade. Sendo assim, o que se afirma no enunciado está correto.

GABARITO: CERTO

10. (TRE/GO – 2015 - Analista Judiciário – CESPE) Com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da correspondência oficial hipotética Xxx. 1032/SeTec, anteriormente apresentada, na qual o remetente e o destinatário são funcionários de igual nível hierárquico de um mesmo órgão da administração pública.

A numeração dos três parágrafos que compõem o texto é opcional.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: em um memorando, os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos, o que não é o caso. Sendo assim, a numeração é obrigatória.

GABARITO: ERRADO

 

 

Mem. 15/2014-CGE/PI

                                                                      Teresina, 10 de outubro de 2014.

Ao Sr. José Alves André

Assunto: Reunião sobre Gestão de Convênios

1. Informo que, no próximo dia 25, às 9 horas, na sala de treinamento, será promovida reunião em que se tratará dos convênios celebrados por este órgão.

 

2. Solicito o comparecimento dos servidores dessa unidade, munidos dos relatórios anuais a serem discutidos com o diretor financeiro e o coordenador do setor, de forma a sanar possíveis questionamentos e dúvidas.

3. Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos pelo ramal 678.

                                                        Atenciosamente,

                                                 [espaço para a assinatura]

                                                              [Nome]

                                               Controlador-Geral do Estado

11. (CGE/PI – 2015 - Auditor Governamental – CESPE) Considerando as disposições do Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da adequação, do formato e da linguagem da comunicação oficial hipotética Mem. 15/2014-CGE/PI.

Seriam mantidas a correção e a adequação da linguagem se fosse inserido o complemento a Vossa Senhoria imediatamente após a forma verbal “Informo”.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: pelo fecho da comunicação oficial em análise (atenciosamente), ela é direcionada a autoridade de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, sendo assim, o pronome de tratamento adequado é realmente o “Vossa Senhoria”, com vocativo “Senhor...”. A reescrita está perfeitamente correta e de acordo com as normas do Manual de Redação da presidência da República.

GABARITO: CERTO

12. (CGE/PI – 2015 - Auditor Governamental – CESPE) Considerando as disposições do Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da adequação, do formato e da linguagem da comunicação oficial hipotética Mem. 15/2014-CGE/PI.

Para se adequar ao padrão exigido para memorando, a referência ao destinatário deveria ter sido feita pelo cargo ocupado por José Alves André.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: em um memorando, o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

Exemplos:

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

GABARITO: CERTO

 

 

13. (CGE/PI – 2015 - Auditor Governamental – CESPE) Considerando as disposições do Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, a respeito da adequação, do formato e da linguagem da comunicação oficial hipotética Mem. 15/2014-CGE/PI.

Como o memorando é uma forma de comunicação interna, o emprego da sigla do órgão expedidor ao lado do tipo e número do expediente é facultativo.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: afirmar que o emprego da sigla do órgão expedidor ao lado do tipo e número do expediente é facultativo é um erro, pois se trata de uma regra do padrão ofício, é OBRIGATÓRIO o tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede no início de um memorando, de um aviso e de um ofício.

GABARITO: ERRADO

14. (MPU – 2015 - Analista do Ministério Público da União – CESPE) O telegrama é uma forma de comunicação oficial que, por ser dispendiosa e tecnologicamente ultrapassada, foi substituída integralmente por formas de comunicação mais modernas, econômicas e rápidas, como o fax e o correio eletrônico.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: a comunicação por telegrama não foi integralmente substituída. Ocorre que o correio eletrônico favorece a agilidade do recebimento e do envio da resposta, sendo, por vezes, preferida.

GABARITO: ERRADO

15. (PF – 2014 – Administrador – CESPE) A respeito das correspondências oficiais, julgue o próximo item.

Os termos técnicos, as siglas, as abreviações e os conceitos específicos empregados em correspondências oficiais prescindem de explicação.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: o erro da questão está em dizer que “(...) e os conceitos específicos empregados em correspondências oficiais prescindem de explicação”, pois prescindir é o mesmo que dispensar, não ter necessidade. Ocorre que conceitos específicos, termos técnicos, siglas, abreviações necessitam ser explicados a fim de não ferir um dos princípios da comunicação oficial: a clareza! O público geral precisa compreender o que está sendo transmitido, não apenas membros de uma determinada comunidade.

GABARITO: ERRADO

16. (PF – 2014 – Agente de Polícia Federal – CESPE) Julgue o item que se segue, relativo a aspectos gerais da redação oficial.

As comunicações oficiais podem ser remetidas em nome do serviço público ou da pessoa que ocupa determinado cargo dentro do serviço público.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: cuidado! A pessoa ocupante do cargo público pode até assinar a comunicação como representante do órgão, mas ela está apenas representando a vontade da Administração Pública, ou seja, as comunicações nunca serão em nome da pessoa que ocupa determinado cargo dentro do serviço público.

GABARITO: ERRADO

17. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Caso um ministro da Primeira Turma do STJ tenha de encaminhar um documento a um ministro da Quarta Turma desse mesmo tribunal, a comunicação a ser expedida para esse fim será o aviso, e o fecho a ser utilizado será “Cordialmente”.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: os únicos dois fechos possíveis, segundo o Manual, são “respeitosamente” ou “atenciosamente”, portanto, “cordialmente” está equivocado.

GABARITO: ERRADO

18. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Sempre que possível, os despachos ao memorando devem ser registrados no próprio documento, para simplificar o processo e garantir maior transparência às decisões tomadas.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: o MRPR diz que os despachos ao memorando DEVEM ser registrados no próprio documento. ATENÇÃO! Não usa o termo “sempre que possível”, como no item aqui avaliado. Poderia essa questão estar errada. Cabendo, então, RECURSO!

GABARITO: CERTO

19. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A exposição de motivos é uma comunicação oficial dirigida ao presidente da República ou ao vice-presidente por um ministro de Estado e pode ser interministerial, ou seja, assinada por mais de um ministro.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: perfeita colocação!

GABARITO: CERTO

20. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) O pronome de tratamento adequado para se dirigir a desembargadores e a auditores da justiça militar é “Vossa Excelência”.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: perfeita colocação mais uma vez!

GABARITO: CERTO

Assunto: encaminha processo.

               Excelentíssimo Senhor Ministro,

        Ao cumprimentá-lo, encaminhamos processo, registrado sob n.º 1234567-00.2015.3.0.0000, para análise do mesmo e para emissão do parecer de Vossa Excelência o Senhor Ministro. 

                                     Atenciosamente,

                                                                  [assinatura]

                                                       [identificação do signatário]

Considerando o fragmento da comunicação oficial hipotética anteriormente apresentado, julgue os próximos itens com base no Manual de Redação da Presidência da República.

21. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A linguagem empregada no documento hipotético em questão atende aos princípios de clareza, concisão e uso de linguagem formal e, portanto, é adequada à comunicação oficial.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário: copiando o texto:

       “Ao cumprimentá-lo, encaminhamos processo, registrado sob n.º 1234567-00.2015.3.0.0000, para análise do mesmo e para emissão do parecer de Vossa Excelência o Senhor Ministro.”

 

O item está errado. O texto não é claro, há termos “sobrando” que podem gerar ambiguidade, como sinalizado na cópia acima. Isso fere um dos princípios da comunicação oficial.

GABARITO: ERRADO

22. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A estrutura do documento apresentado é adequada à composição de um ofício.

( ) Certo

( ) Errado

Comentário; a banca deu como gabarito preliminar CERTO para essa questão. Eu chamo a atenção para o seguinte: está de fato faltando a parte inicial do texto, na qual deveria constar, antes do assunto, tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede, data e local.

Fora o que está faltando (o que não é relevante, pois temos que analisar tão somente a parte do texto explicitada pela banca), temos outro problema: o vocativo utilizado, vejam:

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades (Ministros, por exemplo) serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Senhor Senador,

Senhor Juiz,

Senhor Ministro,

Senhor Governador

Sendo assim, deveria ter sido empregado o vocativo “Senhor Ministro”, não “Excelentíssimo Senhor Ministro”. Caberia RECURSO!!

GABARITO: CERTO

 

 

23. (Prefeitura Municipal de Uberlândia – 2012 – Assistente Administrativo – Consulplan) “Quem se comunica com o destinatário não é a pessoa, mas o órgão público que esta representa; de outra parte, as questões tratadas pelas comunicações oficiais se restringem a assuntos de interesse público. Assim sendo, não há hipótese para individualidades, impressões e tratamentos pessoais como as que caracterizam a correspondência pessoal, o texto jornalístico e literário, entre outros.”

                                                                                                                       (Ledur, 2007, p. 12)

O texto anterior descreve qual característica da redação oficial?

a) Padronização.

b) Uniformidade.

c) Formalidade.

d) Impessoalidade.

e) Padrão culto de linguagem.

Comentário: todas as alternativas trazem princípios fundamentais para a estruturação de um texto oficial, seja de qual tipo for, mas o trecho: “Quem se comunica com o destinatário não é a pessoa, mas o órgão público que esta representa; de outra parte, as questões tratadas pelas comunicações oficiais se restringem a assuntos de interesse público. Assim sendo, não há hipótese para individualidades, impressões e tratamentos pessoais como as que caracterizam a correspondência pessoal, o texto jornalístico e literário, entre outros.” Traz a característica da impessoalidade, como podemos perceber pelos meus grifos.

GABARITO: D

24. (Prefeitura Municipal de Campo Verde – 2010 – Assistente Administrativo – Consulplan) Na redação administrativa, faz-se necessário, clareza, precisão e ordem lógica, observando algumas disposições. Analise-as:

I. Para obtenção de clareza, deve-se usar frases curtas e concisas, construir orações na ordem direta.

II. Deve-se buscar uniformidade do tempo verbal em todo o texto, de preferência o tempo presente ou futuro simples do presente.

III. Para obtenção da precisão articular a linguagem, técnica ou comum, com clareza, de modo que permita perfeita compreensão do objetivo, do conteúdo e do alcance de tal fato ou ato.

IV. Expressar valores monetários em algarismos arábicos, seguidos de sua indicação por extenso, entre parênteses.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I, II, III

b) I, II, III, IV

c) II, III, IV

d) I, III, IV

e) II, III

Comentário: todas as afirmativas estão corretas, vejam:

I. Para obtenção de clareza, deve-se usar frases curtas e concisas, construir orações na ordem direta. – CORRETA. Isso ocorre para evitar a possibilidade de dupla interpretação.

II. Deve-se buscar uniformidade do tempo verbal em todo o texto, de preferência o tempo presente ou futuro simples do presente. – CORRETA. Chama-se de correlação verbal.

III. Para obtenção da precisão articular a linguagem, técnica ou comum, com clareza, de modo que permita perfeita compreensão do objetivo, do conteúdo e do alcance de tal fato ou ato. – CORRETA. Para uma compreensão eficaz, é preciso que o texto seja bem articulado com bastante precisão.

IV. Expressar valores monetários em algarismos arábicos, seguidos de sua indicação por extenso, entre parênteses. – ERRADA. A indicação por extenso elimina qualquer dúvida e é a que vale como correta, caso não corresponda com o valor indicado pelos algarismos.

GABARITO: B

 

 

25. (HOB – 2015 – Agente de Administração – Consulplan) Para que o órgão responsável pela gestão administrativa transmita instruções sobre novos procedimentos para as movimentações de pessoal (carreira) a todos os órgãos da mesma instituição, deverá utilizar a correspondência

a) edital

b) circular

c) despacho

d) declaração

Comentário: a circular é uma comunicação expedida para diversas unidades administrativas ou funcionários. Se o órgão responsável quer transmitir instruções para todos ao mesmo tempo, o ideal é usar esse tipo de correspondência.

GABARITO: B

 

 

26. (Conselho Federal de Enfermagem – COFEN – 2011 – Técnico – Consulplan) Na redação oficial dos atos e comunicações é correto:

a) Repetir palavras e expressões que se queira enfatizar.

b) Utilizar palavras cognatas (duplo sentido).

c) Usar a expressão Vossa Excelência para Secretário Nacional de Ministério.

d) Utilizar expressões locais ou regionais.

e) Utilizar gírias e jargões para que o texto fique mais popular.

Comentário: Vamos analisar as demais alternativas:

a) Repetir palavras e expressões que se queira enfatizar. – ERRADA. Para que se dê ênfase, é usada a clareza e a concisão do discurso. As repetições podem ferir a coerência da comunicação.

b) Utilizar palavras cognatas (duplo sentido). – ERRADA. A redação oficial deve ser clara, objetiva, não deve possibilitar dupla interpretação.

c) Usar a expressão Vossa Excelência para Secretário Nacional de Ministério. – CORRETA:

                                    USO DO VOSSA EXCELÊNCIA

Poder Executivo                               Poder Legislativo                            Poder Judiciário

Presidente de República e             Ministro do Tribunal de Contas          Ministros dos Tribunais

Vice-Presidente da República                      União                                           Superiores

                                                          Deputados e Senadores                   Membros de Tribunais

Ministros

                                                                                                                               Juízes

Secretários                                    Conselheiros dos Tribunais

                                                        Contas

Executivos dos Ministérios

 

Governadores, Vice-                      Presidentes das Câmaras Legislativas

                                                             Auditores da Justiça Militar

Governadores e Prefeitos

Secretários de Estado e ocupante de cargos de natureza especial

Embaixadores

Oficiais-Generais

d) Utilizar expressões locais ou regionais. – ERRADA. A linguagem dos textos oficiais segue o padrão da norma culta, portanto, expressões locais ou regionais, que não são o padrão, não devem ser usadas.

e) Utilizar gírias e jargões para que o texto fique mais popular. - ERRADA. A linguagem dos textos oficiais segue o padrão da norma culta, portanto, gírias e jargões, que não são o padrão, não devem ser usadas.

GABARITO: C

27. (CESAN – 2011 - Técnico de Sistemas de Saneamento – Consulplan) Leia: “A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais expressos na constituição, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.” Sendo assim, é INCORRETO afirmar que:

a) Não se concebe que um documento oficial, de qualquer natureza, seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão.

b) O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais, decorre da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por chefe de determinada seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação.

c) Em alguns documentos oficiais, podem ser externadas impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário.

d) Um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.

e) O uso do padrão culto não implica emprego de linguagem muito requintada e, tampouco, de figuras de linguagem próprias da língua literária.

Comentário: se lermos com atenção as alternativas, perceberemos um grave equívoco na C:

Em alguns documentos oficiais, podem ser externadas impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário.

Os textos que são assinados em jornais são de opinião e têm como objetivo exatamente convencer o leitor sobre o ponto de vista de quem o assina. Os textos literários são também marcados de impressões pessoais e sentimentalismo, tudo o que NÃO deve existir na Redação Oficial de qualquer tio. A alternativa C nega o que está no enunciado: “A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais expressos na constituição, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.”

GABARITO: C

28. (CESAN – 2011 - Técnico de Sistemas de Saneamento – Consulplan) Sobre a redação de ofícios, analise:

I. A característica marcante é a formalidade, o que se expressa na adoção do padrão culto de linguagem.

II. A elegância, a polidez e o respeito pelo destinatário devem ser mantidos.

III. O texto deve ser acessível, direto e preciso, evitando-se o uso de jargões e clichês.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

a) I, III

b) III

c) II, III

d) II

e) I, II, III

Comentário: a redação de um Ofício deve seguir as regras do Manual de Redação Oficial da Presidência da República. Segundo o manual, a escritura de um ofício, bem como de outros textos oficiais, deve seguir os preceitos da impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal (sem gírias ou jargões), bem como respeito ao destinatário com uso do vocativo e pronome pessoal adequado. Sendo assim, todas as afirmativas estão corretas.

GABARITO: E

29. (CISAMAPI – 2011 – Consulplan) No exercício de sua função, o Auxiliar de Administração precisa dominar técnicas de redação administrativa.

Para encerrar uma carta comercial, por exemplo, deve-se usar, após o nome de quem assina a correspondência, a função ou cargo que a pessoa exerce.

Gramaticalmente, essa qualificação recebe o nome de

a) fecho.

b) referência.

c) assinatura.

d) aposto.

e) vocativo.

Comentário: trata-se da identificação do signatário, ou seja, de quem escreve/remete o texto. O modelo é:

                                                    (espaço para assinatura)

                                                                NOME

                               Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

A função ou o cargo da pessoa é uma informação sobre ela, ou seja, um aposto.

- Fecho: O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário

- Assinatura: refere-se ao nome do signatário da correspondência.

- Vocativo: referência ao receptor da comunicação. Segue regras específicas de uso segundo a polidez e o respeito. Vem antes do texto.

- Referência: seria o vocativo.

GABARITO: D

30. (Prefeitura Municipal de Monte Belo – 2011 - Administração – Consulplan) Para bem redigir documentos, como cartas e ofícios, é necessário conhecer os pronomes de tratamento e as formas corretas de empregá-los. De acordo com esse conhecimento, relacione as colunas dos pronomes de tratamento e autoridades para as quais cada um deles é empregado.

1. Vossa Excelência Reverendíssima.

2. Vossa Magnificência.

3. Vossa Excelência.

4. Vossa Senhoria.

( ) Funcionários públicos e pessoas de cerimônia.

( ) Arcebispos.

( ) Reitores.

( ) Prefeitos e Governadores.

A sequência está correta em

a) 1, 3, 4, 2

b) 4, 1, 3, 2

c) 3, 2, 4, 1

d) 2, 4, 1, 3

e) 4, 1, 2, 3

Comentário: relembrando....

1. VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA:

Empregado para autoridades religiosas.

2. VOSSA MAGNIFICÊNCIA

Empregado, por força da tradição, em comunicações dirigidas a Reitores de Universidades.

3. VOSSA EXCELÊNCIA

Poder Executivo                                  Poder Legislativo                               Poder Judiciário

 

Presidente de República e               Ministro do Tribunal de                     Ministros dos Tribunais

Vice-Presidente da República              Contas da União                                    Superiores

          Ministros                                         Deputados e                               Membros de Tribunais

                                                                    Senadores

  Secretários-Executivos dos                  Conselheiros dos                                       Juízes

            Ministérios                                Tribunais de Contas

       Governadores, Vice-                         Presidentes das                               Auditores da Justiça

     Governadores e Prefeitos                Câmaras Legislativas                                   Militar

      Secretários de Estado e

ocupantes de cargos de natureza

                 especial

            Embaixadores

 

           Oficiais-Generais

4. VOSSA SENHORIA

Empregado para as demais autoridades e para particulares.

GABARITO: E

 

 

31. (Assistente Técnico-Administrativo/2014 - Ministério da Fazenda – ESAF) Um ofício fictício está fragmentado nas cinco opções abaixo.

Desconsiderando a fonte do tipo e espaçamentos em geral, assinale a opção que respeita a normatização do padrão de documentos oficiais.

Fazer o quadro da página: 44 Questões

Comentário: Analisando cada alternativa, temos:

A – correta – segundo o Manual, deve constar no cabeçalho da correspondência oficial: o tipo, o número do documento e a sigla do órgão que a expede, além da data alinhada à direita.

B – errada – o vocativo Excelentíssimo(a) Senhor(a) é utilizado apenas para os Chefes de Poder: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional e Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. Para as demais autoridades, o vocativo é Senhor(a). No exemplo analisado, o vocativo deveria ser Senhor Presidente da Câmara de Vereadores.

O título de doutor só deve ser empregado “em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado”, conforme consta no MRPR. Além disso, o nome do destinatário não é utilizado no vocativo, apenas o cargo.

C – errada – Consta no Manual que “Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD)”, isso porque a “dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público”.

D – errada – no desenvolvimento do primeiro parágrafo, consta “cumpre-nos a honra de encaminhar, em anexo”, esse pequeno trecho fere as regras do Manual porque denota pessoalidade.

No segundo parágrafo, consta: “os gestores responsáveis estarão sujeitos as auditorias e penalidades decorrentes, caso de descumprimento de algum dos itens elencados.”. Nesse trecho encontramos dois erros gramaticais que ferem o Manual no que diz respeito ao emprego do padrão culto da língua portuguesa: falta crase no “as” antes da palavra auditorias e falta a preposição ‘em’ antes de “caso”.

E – errada – o trecho “renovados protestos de estima e consideração” fere a impessoalidade que é característica das correspondências oficiais.

Gabarito: A

 

 

32. (Assistente Técnico Administrativo/2014 – MF – ESAF) Em relação às exigências da correspondência oficial, assinale a opção incorreta.

a) A despedida em correspondências para o Presidente da República deve ser: Renovo meus protestos da mais profunda estima e alta consideração.

b) No cabeçalho do Memorando deve constar o Assunto, ou seja, o resumo do teor da comunicação.

c) Emprega-se a forma de tratamento Vossa Excelência para Ministros de Estado e o endereçamento é Excelentíssimo Senhor Fulano de tal – Ministro da ....

d) O vocativo “Senhor Chefe de Gabinete," é empregado em um ofício para um chefe de gabinete.

e) O fecho das comunicações oficiais deve ser simples: Respeitosamente, para autoridades superiores, e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia.

Comentário: A única afirmativa incorreta é a da alternativa A, pois, como vimos, uma das características principais de um expediente oficial é a impessoalidade. Esta é ferida com o emprego das expressões “profunda estima” e “alta consideração”.

Gabarito: A

Fazer o quadro da página: 46

33. (Assistente Técnico Administrativo - 2014 – MF – ESAF) Considerando que textos oficiais, como relatórios, ofícios ou memorandos, devem, entre outras qualidades, caracterizar-se pelo uso do padrão culto da linguagem, assinale a expressão destacada do texto que não precisa, obrigatoriamente, ser substituída para constar de uma comunicação oficial.

a) “perde fôlego” (L.3)

b) “quebra” (L.5)

c) “endurecer o jogo” (L.6)

d) “taxas cobradas pelos bancos” (L 10)

e) “o gatilho para a nova fase” (L.12)

Comentário: São também caraterísticas das correspondências oficiais, segundo o MRPR, a objetividade e a clareza. As expressões que constam nas alternativas A, B, C e E são exemplos de figuras de linguagem. A figura de linguagem é característica de textos literários, o que não é o caso das correspondências oficiais. Portanto, somente a alternativa D está correta.

Gabarito: D

34. (Assistente Técnico Administrativo/2014 – MF – ESAF) Assinale a opção em que o trecho, adaptado do Editorial de O Estado de S. Paulo, de 13/8/2012, está correto e adequado para compor um documento oficial, como um ofício.

a) Esclarecemos que, com as finanças equilibradas, a dívida abaixo dos limites fixados pela legislação e gastos com pessoal igualmente contidos nos parâmetros definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a maioria dos Estados pode se habilitar a contrair novos empréstimos para executar seus programas de investimentos em infraestrutura.

b) Lembramos, na oportunidade, que a gradual recuperação da capacidade de endividamento dos Estados é consequência da negociação de suas dívidas com a União, na década de 1990, em condições beleza para o devedor, mas com a exigência de comprometimento de parcela de suas receitas líquidas para a amortização do saldo devedor.

c) Viemos informar ainda que essa negociação foi essencial para evitar que, com o aumento vertiginoso do custo de rolagem de suas dívidas — dada a crescente desconfiança dos investidores quanto a sua capacidade de honrar os compromissos financeiros que estava assumindo —, boa parte dos Estados perdesse por completo o controle sobre suas finanças.

d) Como é do teu conhecimento, com a vigência da LRF, a partir de 2000, um novo jeito de gestão financeira foi imposto ao setor público, com critérios rigorosos para as despesas públicas, a fixação de limites para a dívida pública e regras para o castigo de gestores distraídos. Embora tenha crescido em valor nos últimos dez anos, a dívida dos Estados vem se reduzindo como proporção do PIB.

e) A boa gestão, em geral decorrente da rigorosa observação da LRF, é que, de fato, têm assegurado aos governos estaduais obter, mediante financiamentos, dinheiros folgados para seus programas de investimento, sobretudo em estrutura. No ano passado, o governo federal já havia ampliado o limite de endividamento dos Estados em R$ 40 bilhões.

Comentário: Analisando cada alternativa e destacando o erro em cada uma, temos:

A – correta

B – “Lembramos, na oportunidade, que a gradual recuperação da capacidade de endividamento dos Estados é consequência da negociação de suas dívidas com a União, na década de 1990, em condições beleza para o devedor, mas com a exigência de comprometimento de parcela de suas receitas líquidas para a amortização do saldo devedor.”

O trecho destacado está incoerente com o restante do texto, ferindo a clareza característica de documentos oficiais.

C – “Viemos informar ainda que essa negociação foi essencial para evitar que, com o aumento vertiginoso do custo de rolagem de suas dívidas — dada a crescente desconfiança dos investidores quanto a sua capacidade de honrar os compromissos financeiros que estava assumindo —, boa parte dos Estados perdesse por completo o controle sobre suas finanças.”

Para que haja coerência e se mantenha a clareza, em lugar de “a sua”, deveria ser empregado à ou todo o trecho “que estava assumindo” deveria ser retirado, gerando o seguinte: ‘dada a crescente desconfiança dos investidores quanto à capacidade de honrar os compromissos financeiros que estava assumindo.’ ou ‘dada a crescente desconfiança dos investidores quanto a sua capacidade de honrar os compromissos financeiros’.

D – “Como é do teu conhecimento, com a vigência da LRF, a partir de 2000, um novo jeito de gestão financeira foi imposto ao setor público, com critérios rigorosos para as despesas públicas, a fixação de limites para a dívida pública e regras para o castigo de gestores distraídos. Embora tenha crescido em valor nos últimos dez anos, a dívida dos Estados vem se reduzindo como proporção do PIB.”

Em documentos oficiais, a concordância se dá em terceira pessoa, portanto o pronome empregado deveria ser seu em lugar de “teu”.

E – “A boa gestão, em geral decorrente da rigorosa observação da LRF, é que, de fato, têm assegurado aos governos estaduais obter, mediante financiamentos, dinheiros folgados para seus programas de investimento, sobretudo em estrutura. No ano passado, o governo federal já havia ampliado o limite de endividamento dos Estados em R$ 40 bilhões.”

O sujeito do verbo ter é “A boa gestão”, sendo assim, ele deveria estar no singular. Além disso, a expressão “dinheiros folgados” não se enquadra na linguagem que deve ser empregada em documentos oficiais por se tratar de uma figura de linguagem.

Gabarito: A

35. (Assistente Técnico Administrativo/2012 - MF – ESAF) Desconsiderando as medidas exatas a serem obedecidas, assinale o trecho inicial de um ofício que respeita as normas de redação de comunicados oficiais.

Fazer o quadro da página: 50

Comentário: Segundo o MRPR, “O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:

a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:

Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita”

Além disso, o vocativo utilizado para governadores é Senhor Governador, sem nenhum outro tratamento, como “Mui digníssimo”, “Excelentíssimo”, “Digníssimo” ou “Ilustríssimo”, nem o nome, deve constar apenas o cargo. O gabarito para essa questão, portanto, é letra B.

Gabarito: B

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